Gueshe Gyaltsen Tsering, Mestre budista tibetano nasceu em uma família simples de nômades na linda e pura região de Kham, no Tibete. Muito esperto, arteiro mas também briguento na infância, tocava os yaks e animais da família nas montanhas.  Aos 18 anos teve sua grande virada quando foi permitido pelo governo chinês a ordenação monástica, e assim decidiu se tornar um monge budista. Ingressou em um monastério da região, ainda que não possuísse educação formal.  
Em 1988, sabendo dos benefícios que os estudos na filosofia budista trazem, decidiu buscar por esse conhecimento em terras livres, escapando do seu país a pé, cruzando os Himalaias até chegar às terras indianas, onde estão exilados e alocados os grandes centros de estudos profundos de textos da Filosofia, Psicologia e Religião Budista.  Para evitar confronto com a polícia chinesa, se vestiu com roupas leigas durante a fuga e caminhou principalmente no escuro da noite, por caminhos difíceis. 

Chegando na Índia, ingressou no monastério Drepung Loseling, onde se confinou por 23 anos para estudar, refletir, debater e internalizar os conceitos. Concluiu a educação formal alcançando o mais alto dos títulos conhecido como Gueshe Lharampa. Após sua graduação, estudou por 1 ano no monastério tântrico Gyume. Gueshe Gyaltsen com seu mestre Gueshe Palden Drakpa. 
Durante esses 23 anos estudando a Filosofia Budista, explorou extensivamente as 5 Grandes Áreas de Conhecimento, como a Cognição Válida (Lógica e Epistemologia), Prajnaparamita (Práticas e Mentes para se alcançar a mente búdica), a Visão do Caminho do Meio (visão última de existência dos fenômenos), Vinaya (Código de Conduta), e o Abhidarmakosha (Cosmologia Budista).

✤ Em 2014, convidado pelo governo tibetano em exílio, se mudou para Dharamsala, terra aos pés dos Himalaias no Norte da Índia, para ensinar Filosofia Budista na instituição formal de Educação e Pesquisa, chamada Biblioteca Tibetana (em inglês Tibetan Library), onde permanece até então ensinando sobretudo estrangeiros.  
✤ Ao longo desses anos de contato com a sociedade leiga, tanto oriental quanto ocidental, ouviu e vivenciou seus anseios e expectativas. Com essa experiência, fundou dois grupos, um focado na juventude tibetana, chamado Tesouros do Tibete, que busca a promoção e preservação da cultura e religião tibetana, e outro focado no público estrangeiro, chamado Shide. Projetos em Dharamsala Shide
✤ O grupo Shide (palavra tibetana que significa Mente Pacífica, ou um coração pleno e sereno), fundado em 2022, conta com 15 Gueshes tibetanos, estudiosos e praticantes desta filosofia, e tem como foco a promoção de métodos para alcançar o bem estar e uma vida significativa. O grupo atua tanto pela perspectiva secular (independente de religião) quanto budista, de acordo com o público.  
✤ Durante os 10 anos como professor da Biblioteca Tibetana, ensinou tópicos como Lam-Rim, Interdependência, Mente e Consciência, A Grinalda Preciosa (Nagarjuna), Meditação, Yogas de Naropa, entre outros.
✤ No Shide, já deu aulas e cursos sobre as Quatro Nobre Verdades, Amor e Compaixão, Aplicação do Dharma na Vida Cotidiana, Meditação, Valores Humanos de forma secular, etc.
✤ Além de diversas palestras relacionadas à busca da felicidade em lugares como Goa, centros de yoga, escolas de adolescentes, Centro de Treinamento a Síndrome de Down, Centros de Espiritualidade, e até em Centros de Dharma no Brasil e Europa.
Em 2019, visitou o Brasil com sua aluna brasileira, a monja Tenzin Lamdron.